sexta-feira, 30 de março de 2018

Razão Para Acreditar

Razão para acreditar
Se eu escutasse você tempo suficiente
Eu encontraria um jeito de acreditar que é tudo verdade
Sabendo que você mentiu sem expressão enquanto eu chorava
Ainda assim, eu procuro por uma razão para acreditar
Se eu te desse tempo para mudar minha mente
Eu encontraria um jeito de deixar o passado ir
Sabendo que você mentiu sem expressão enquanto eu chorava
Ainda assim, eu procuro por uma razão para acreditar
Alguém como você faz ser difícil viver sem
Outro alguém
Alguém como você faz ser fácil se entregar
Nunca pensando em mim
Se eu escuto você tempo suficiente
Eu encontro um jeito de acreditar que é tudo verdade
Sabendo que você mentiu sem expressão enquanto eu chorava
Ainda assim, eu procuro por uma razão para acreditar
Karen Dalton (Reason to Believe

A arte de slow reading (leitura lenta)

Se você está lendo esse artigo em papel, há grandes chances de você ler só metade do que eu escrevi. E se estiver lendo online, pode não ler nem um quinto. Pelo menos, esses são os dois vereditos de dois recentes projetos de pesquisa -respectivamente, a pesquisa Poynter Institute's Eyetrack e análise de Jakob Nielsen - que sugerem que muitos de nós não possuímos a concentração para ler artigos até sua conclusão.

O problema não para por aí: acadêmicos reportam que estamos nos tornando leitores menos atentos, também. Greg Garrard, professor da Bath Spa University, recentemente revelou que teve que encurtar a lista de leitura de seus estudantes, enquanto Keith Thomas, um historiador de Oxford, escreveu que está confuso, pois os alunos juniores analisam fontes com um mecanismo de busca, ao invés de lê-las em sua inteiridade.

Então, estamos ficando mais estúpidos? É isso a que se resume? Mais ou menos. De acordo com The Shallows, o novo livro de Nicholas Carr, grande entendedor de tecnologia, nossos hábitos hiperativos online estão danificando as faculdades mentais que precisamos para processar e entender informação textual mais longa. Feeds de notícias 24h por dia nos faz clicar freneticamente de um artigo para o outro - sem necessariamente se engajar com o conteúdo; nossa leitura é frequentemente interrompida pela notificação de uma nova mensagem; e estamos, agora, absorvendo rajadas de palavras no Twitter e Facebook mais regularmente que textos longos.