sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Pisca, Pisca, Estrelinha - Poemas Que Toda Criança Deveria Saber

Pisca, Pisca, Estrelinha. 

Brilha, brilha, estrelinha!
Como eu imagino como és,
Lá em cima tão alto,
Como um diamante no céu.

Quando o glorioso sol se põe,
Quando a grama com sereno é molhada,
Então você mostra sua pequena luz,
Pisca, pisca a noite toda.

No céu azul-escuro você se mantém,
E sempre espreita pelas minhas cortinas,
Até que o sol vai para o céu.

O seu luminoso e pequeno brilho
Guia o viajante no escuro,
Embora eu não saiba o que és,
Pisca, pisca, estrelinha!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Ele Ora Melhor. - Poemas que toda criança deveria saber

Ele Ora Melhor.

Essas duas estrofes, o coração daquele grande poema, "O Velho Marinheiro", por Samuel Taylor Coleridge (1772-1837), resumem a lição dessa obra-prima-"Insensibilidade é um crime."

Adeus, adeus! mas isso eu digo
Para eles, os convidados do casamento!
Ele ora bem a quem amou bem
Homem e pássaro e besta.

Ele ora melhor a quem amou melhor
Todas as coisas, grandes e pequenas:
Pois o querido Deus que ama a nós,
Fez e ama a todos.
                                                               
SAMUEL T. COLERIDGE.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Pequenas Coisas - Poemas que toda criança deveria saber

Pequenas Coisas

Pequenas gotas de água,
Pequenos grãos de areia,
Fazem o divino oceano
E a prazerosa ilha.

Assim os pequenos minutos,
Humildes como podem ser,
Fazem as divinas fases da eternidade.

Ebenezer Cobham Brewer.

Deixe os Cachorros Latirem e Morderem - Poemas que toda criança deveria saber

                                  "DEIXE OS CACHORROS LATIREM E MORDEREM"

"Deixe os Cachorros Latirem e Morderem" por Isaac Watts (1674-1748), e "Pequenas Gotas de Água", por Ebenezer Cobham Brewer (1810-97), são poemas que o mundo não cansa de ouvir. Uma vez na mente, eles amarram. Eles não foram nascidos para morrer.


                      Deixe os cachorros latirem e morderem,
                      Pois Deus os fez assim.
                      Deixe ursos e leões rugirem e lutarem,
                      Pois, esta é sua natureza, também.

                      Mas, crianças, vocês não devem deixar nunca
                      que tais paixões raivosas nasçam;
                      Suas pequenas mãos nunca foram criadas
                      para arrancar os olhos um do outro.

                                                                           Isaac Watts.


sábado, 21 de fevereiro de 2015

O Bebê - Poemas que toda criança deveria ler

O Bebê

Eu encontrei "O Bebê" na "Antologia" de Stedman. É colocado nesse volume pela permissão do poeta, Jeremiah Eames Rankin, de Cleveland (1828-), pois captura o coração de um menino de dez anos cuja fantasia era grandemente movida pelas duas lindas linhas:

          "A face dela é como a de um anjo,
         Fico feliz que ela não tenha asas."

Sapatos para esconder seus pequenos dedos,
Meias nos seus pés;
Seus flexíveis tornozelos brancos como a neve,
Ou como doces floresceres.

Seu simples vestido polvilhado em rosa,
Sua papinha, dividida,
Seus lábios enrugados, de cor suave,
com seus dentes por dentro.

Suas cartas como a cartas de sua mãe,
Para gentis, e coisas líquidas;
Sua face é como a de um anjo,
Ficamos felizes que ela não tenha asas.

~
JEREMIAH EAMES RANKIN.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

PARTE I. O momento do crescimento - Poemas que toda criança deveria saber

PARTE I.
O momento do crescimento



A Flecha e a Música

"A Flecha e a Música" por Longfellow (1807-82), é colocada em primeiro nesse volume por respeito a uma garotinha de seis anos que amava recitar para mim. Ela conhecia muitos poemas, mas este era seu favorito.

Eu atirei uma flecha para o ar,
Ela caiu por terra, não sabia eu onde; 
Pelo que, tão rapidamente voou, a vista
Podia não seguir-la no seu voo.

Eu respirei uma canção para o ar,
Ela caiu por terra, não sabia eu onde;
Pelo que quem tem vista tão precisa e forte
Que não pode seguir o voo de uma canção?

Muito, muito tempo depois, num orvalho
Encontrei eu a flecha, ainda intacta,
E a canção, do começo ao fim, 
Eu encontrei novamente no coração de um amigo.
                                            
                                           Henry W. Longfellow.

Projeto: "Poemas que toda criança deveria saber"

Queridos,


Queremos trazer a vocês uma nova ideia: todos os dias (começando por hoje) postaremos um poema contido na compilação de poemas Poems every child should know de Mary E. Burt. Será encontrado poemas de nomes como Walt Whitman, Isaac Watts, Susan Coolidge (aka Sarah C. Woolsey), etc.

Nossa intenção é, quem sabe, espalhar um pouco de cada vez grandes palavras de grandes personalidades e vidas.

Não serve apenas para as crianças, serve para todos. São versos curtos, mas um por dia, cremos que fará uma grande diferença em quem tiver a verdadeira intenção de lê-los e interpretá-los para suas vidas ou para as coisas em geral.

Esperamos com a colaboração de todos os nossos leitores também, se tiver o tempo e a vontade, não deixe de se oferecer para traduzir também os poemas (são tantos, dá vários para cada um!). Postaremos no nosso site e Facebook com os devidos créditos.

Fica a dica não só para poemas, mas para livros, audiobooks, e.... Venham com suas ideias!

Tenham um ótimo final de semana.


Atenciosamente,

Acervo Litra.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

O Clube Dumas - Capítulo VII

VII. O número um e o número dois

Acontece que o diabo é muito astuto. Acontece
que nem sempre é tão feio como dizem.
(J. Cazotte. O diabo apaixonado)

            Faltavam poucos minutos para a saída do trem de Lisboa quando viu a menina. Corso estava no cais, no pé da escada de seu vagão – Companhia Internacional de Carruagens-Camas- e cruzou com ela entre um grupo de viajantes a caminho da carruagens de primeira classe. Carregava uma pequena mochila e vestia o mesmo casaco azul, porém, no principio, não a reconheceu. Foi capaz de perceber algo familiar somente nos olhos verdes, tão claros que pareciam transparentes, e no seu cabelo curto. Isto o fez a seguir com os olhos um momento, até que desapareceu nos vagões mais para baixo. Soou o sino do trem e, enquanto subia na plataforma e o funcionário fechava a porta às suas costas, Corso reconstituiu a cena: Ela sentada em um extremo da mesa de cafe, na tertúlia de Boris Balkan.